A Iupac (União Internacional de Química Pura e Aplicada) anunciou, pela primeira vez desde 2011, a descoberta de quatro novos elementos químicos. Um deles foi criado em um instituto de pesquisa japonês, enquanto os outros três nasceram por uma parceria de laboratórios dos Estados Unidos e da Rússia. Dito isso, fica a pergunta: como nasce um novo elemento químico?
Os elementos recém-anunciados são sintéticos, ou seja, não existem na natureza. São chamados provisoriamente de 113, 115, 117 e 118, o que representa o número atômico de cada um - a quantidade de partículas de carga positiva no núcleo de cada átomo. Pelo alto número atômico, são considerados superpesados.
Elementos como esses nascem depois de muitas contas e por meio de um colisor de partículas, onde um átomo mais leve, como cálcio ou zinco, é chocado com outro mais pesado. Os novos elementos duram frações de segundo, depois transformam-se em elementos mais leves.
Um novo elemento químico não tem serventia prática imediata, mas pode auxiliar na descoberta da oitava linha da tabela periódica e nas pesquisas em energia nuclear. Poucos quilos dessa matéria prima, por exemplo, poderiam abastecer uma cidade como São Paulo por um dia inteiro!